sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Um pouco sobre mim...

   Me chamo Alina Arruda, mas sou mais conhecida como Nina, vou falar um pouco sobre minha vida. No ano de 2001, quando eu tinha 9 anos de idade perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida, minha avó Altaniz, um abalo emocional muito forte para mim.
   Um tempo depois uma mancha nasceu na minha perna esquerda, minha mãe pensou que era uma impinge e que com uma simples pomada ela sumiria, mas não foi bem assim. Mais manchas começaram a nascer em partes mais visíveis do corpo, eu não sabia o porquê disso estar acontecendo comigo. Começou minha corrida a hospitais, atrás de médicos que solucionassem meu problema e nada encontrava.
   As pessoas já começavam a notar essa diferença em mim, eu me sentia uma estranha no meio de pessoas normais e isso me angustiava. Certo dia quando larguei da escola e estava esperando o ônibus para voltar para casa, dois adolescentes apontaram para meus braços e começaram a sorrir. Cheguei profundamente triste em casa, lágrimas corriam sem parar do meu rosto.
   A partir daquele momento quis me esconder para sempre no meu quarto, só queria usar blusas que cobrissem totalmente meus braços para me proteger dos risos, dos espantos e das perguntas que se referiam a essa enfermidade... minha mãe orava constantemente por mim.
   A consulta com médicos parecia não ter solução, foram anos na busca de uma resposta ''Que doença é essa?'' cheguei até a fazer uma biopsia, mas nada foi descoberto. Se não me falhe a memória, no ano de 2004 no hospital Oswaldo Cruz em Recife recebi a resposta que tanto buscava: ESCLERODERMIA LOCALIZADA, doença crônica e rara.
   Tentaram alguns tratamentos comigo, mas suspenderam, pois os remédios eram muito fortes e eu poderia ser prejudicada futuramente em outras áreas.
   Teve dias em que me tranquei em meu quarto e com uma faca quis arrancar as manchas do meu corpo, a tristeza estava me consumindo. Mas Deus me fez enxergar que havia uma solução, Ele me deu forças para prosseguir e enfrentar isso sem me esconder.
   Antes as pessoas me perguntavam o que era isso, mas eu mentia dizendo que havia sido uma queimadura ou dizia que eram sinais até mesmo para amigos próximos... hoje em dia é diferente, não tenho vergonha de dizer.
   Certo dia fui em uma consulta médica e vi casos piores que o meu, tinha um menino com o corpo todo ferido, ele mal conseguia vestir roupas, porque doía muito quando encostava na pele, entre outros casos. Ao chegar em casa me arrumei e fui à igreja, pois era ensaio do grupo que até hoje faço parte e quando a dirigente do grupo levantou o grupo para orar, pedi oração pelas pessoas que tinha visto no hospital, porque muitas vezes esquecemos de agradecer a Deus por nossa saúde, enquanto tantas pessoas estão sofrendo (Não esqueça de agradecer a Deus por tudo que você tem!). E quando estavamos ajoelhados, orando, clamando o nome do Senhor, Deus se fez presente ali e através de uma irmã prometeu que me curaria, mas não seria fácil(Eu nunca tinha conversado sobre isso com ninguém!), certamente eu passaria por provações.(Mas não existe vitória sem a batalha não é mesmo?)
   O tempo se passava e o inimigo de nossas almas tentou me afastar da presença de Deus por várias vezes, ele conhece nossas fraquezas. E duas vezes através de um relacionamento que não agradava a Deus, um jugo desigual, tentou me derrotar.
   Não conseguio e hoje pela graça e misericordia do Pai celeste posso dizer como o apóstolo Paulo: ''Estou crucificada com Cristo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim''.
   Médicos olharam para mim e disseram que nã9o existia cura e que meu caso poderia avançar mais e se piorasse poderia até levar a morte. Mas eu lembrei de que quando os homens não podem de jeito nenhum arrumar uma solução para o problema, o meu Deus age, porque Ele é o Deus dos impossíveis(MT 10.27).
   O meu remédio hoje é a fé em Deus e minhas orações somadas com a de muitos que oram por mim, graças a Papai do Céu, peço que Ele abençoe a vida de cada um como um rio fluente de bençãos em suas vidas.
   Já se passaram 10 anos e ''ainda'' não recebi meu milagre, mas sigo minha vida crendo em Deus. Uma coisa que observei foi que se Ele já tivesse me curado e eu fosse contar alegremente a alguém, certamente esse alguém não acreditaria, pois é difícil crêr em algo que não se tem conhecimento.
   Muitos sabiam da mulher que sofria do fluxo de sangue a 12 anos e quando ela tocou em Jesus, pela fé, e foi curada, acredito que muitos exaltaram a Deus e se alegraram com ela.
  Eu poderia citar muitos outros milagres que Deus operou com a cura do paralítico de Cafarnaum(Mt 9.1-8), a cura dos dois cegos de Jericó(Mt 20.29-34), a cura do leproso(Mt 8.1-4), entre outros, mas creio que o próximo será o meu. Como Ele operava antigamente, opera hoje também... basta confiar e esperar.
   ''Deus é o mesmo ontem, hoje e eternamente.'' Hb 13.8


                                                    Deus abençoe vocês.
ass: Nina Arruda

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